Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Agenda nas nuvens

Os sistemas de gestão seja para uso hospitalar ou em consultórios, estão cada dia mais presentes, em todos os sentidos. Seja porque cada vez existe um numero maior de usuários, seja porque os produtos existentes no mercado também estão se tornando mais competitivos.
Como não poderia deixar de ser existem produtos das mais diversas qualidades e preços inclusive alguns “free”.
Não sei bem por qual motivo, as empresas que desenvolvem estes sistemas não dão a devida importância à agenda, uma vez que ela além de ser o primeiro contato com a instituição, poderia ser usada como um pré cadastro do paciente.
De qualquer forma o sistema de agendamento sempre pressupõe a presença de uma pessoa atendendo o paciente e introduzindo seus dados no sistema o que em ultima análise depende da interferência de uma pessoa física.
Parece que esta preocupação não é somente minha, pois no mês passado foi disponibilizado um produto que entre outras tem também uma agenda bastante interessante.
Trata-se de um sistema de comunicação gratuito entre profissionais de saúde e pacientes que foi criada por um médico, com o objetivo de consolidar o uso da internet para o agendamento de consultas e exames, dispensando a necessidade de telefonemas.
É composto por 3 ferramentas: ferramenta de busca por horários livres e agendamento em tempo real; ferramenta para comunicação entre profissionais de saúde, chamada de Comunidade de Profissionais e ferramenta para criação de dicas de saúde.
O sistema atende não só as necessidades dos médicos, como também dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e fonoaudiólogos.
A ferramenta de busca e agendamento permite que os internautas encontrem os profissionais que procuram e possam agendar consultas e exames, 24 horas por dia, todos os dias da semana, sem a necessidade de telefonar para as clínicas, hospitais ou laboratórios. A interface desta ferramenta é a mesma utilizada por outros sites de busca, porém, o sistema é capaz de entender frases como, por exemplo: “agendar oftalmologista semana que vem as 15:00 no bairro da lapa”.
O profissional de saúde precisa se cadastrar no sistema, validar sua Agenda, para então ser encontrado na busca. Qualquer pessoa pode criar uma Agenda, mas somente um profissional de saúde pode validá-la e torná-la ativa.
Na criação da Agenda é possível definir, entre outras coisas, que a oferta de horários seja suspensa, por exemplo, com até 2 dias de antecedência da data de realização do atendimento. Desta forma, o profissional de saúde e todas as pessoas que compartilham o acesso à agenda recebem um e-mail listando os agendamentos feitos via internet com até 2 dias disponíveis para atualizar a agenda do consultório, sem precisar ter computador ou internet na clínica e sem riscos de agendamentos em duplicidade.
A Comunidade de Profissionais é um ambiente seguro para realização de discussões multidisciplinares e restritas a profissionais com identidade confirmada através de documentos enviados.
Talvez seja esta, a primeira empresa a disponibilizar um ambiente como a Comunidade de Profissionais, que foi criada com o objetivo de facilitar a troca de informações entre profissionais de áreas distintas e aproximar aqueles localizados em municípios distantes de grandes centros.
A ferramenta para criação de dicas de saúde tem o objetivo de permitir que os profissionais de saúde divulguem seu nome em conjunto com algum conteúdo educativo criado por ele próprio e destinado para a população,através de dicas rápidas que são exibidas na forma de um banner publicado na página principal do sistema e que pode ser integrado ao site das clínicas, hospitais ou de qualquer pessoa ou empresa interessada em divulgar assuntos relacionados com saúde, permitindo a divulgação do nome do profissional de forma viral na rede.
No início de 2007 um médico e um analista de sistemas, estimulados pela dificuldade de acesso que os pacientes têm aos serviços de saúde públicos no Brasil resolveram desenvolver o sistema, que após mais de dois anos de testes piloto, foi lançado em setembro passado.
Desde então serviços particulares e públicos podem utilizar a Linha1 como via de comunicação para o agendamento das consultas e exames, gratuitamente.
Vale a pena conferir esta iniciativa brilhante e pioneira.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Imagem da semana

Péssimo gosto

Campanha publicitária para a cervejaria australiana Jamieson, estrelada pela Branca de Neve, que aparece fumando, na cama, com os sete anões bêbados.


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A importância da desospitalização

A desospitalização talvez seja um termo que ainda não vamos encontrar nos dicionários. Porém como palavra já está sendo usada e entendida por todos aqueles que querem ver o paciente fora do hospital, no sentido mais amplo, inclusive tratando-se em sua casa ou na pior das hipóteses num “Hospital dia”.
A maioria, se não a totalidade dos sistemas de gestão Hospitalar, tem seu inicio na admissão do paciente e seu fim na alta hospitalar e administrativa, até que aconteça uma nova internação que começa também pela admissão e termina na alta.
Não existe nenhum sistema de gestão no nosso meio que tenha condição de acompanhar o paciente entre a alta e a próxima admissão, que é exatamente o que está se convencionando chamar de período de desospitalização, que evidentemente quanto maior, melhor.
Todas as empresas que trabalham com a gestão do paciente parecem ignorar ou não querer saber o que acontece entre uma e outra internação.
Por outro lado é exatamente este período que muitas empresas prestadoras de serviços médicos estão interessadas em controlar ou monitorar.
Uma operadora de saúde por exemplo tem absoluta necessidade de saber o que acontece com seus pacientes neste período exatamente para poder interferir no sentido de aplicar os bons princípios da medicina preventiva a fim de além de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos seus pacientes e também diminuir seus custos.
Este período também chamado de desospitalização deveria ser uma continuidade do sistema de gestão como se fosse uma nova fase do PEP que iria anotar a evolução do paciente em sua casa.
Boas empresas em nosso meio já mostraram preocupação com estes aspectos, e uma delas em particular já desenvolveu um pequeno trabalho de cuidados no pós alta controlado pelo seu próprio HIS e até mesmo usando dispositivos móveis. Eu pessoalmente tive o privilégio de participar e aprender com este projeto que chegou a atingir seus objetivos.
A medicina preventiva, o acompanhamento do paciente fora do hospital é uma necessidade que será praticamente obrigatória num bom sistema de gestão do paciente em prazo muito curto, com a participação ativa da enfermagem, fisioterapeutas, nutrólogos, farmacêuticos e assistentes sociais, talvez até mais que os próprios médicos.
As empresas que estão preocupadas com o custo do tratamento, sejam seguradoras ou operadoras de saúde vão exigir esta funcionalidade que já vai chegar tarde
A prova definitiva deste fato esta no fato que o Ministério da Saúde começa a se preocupar com o assunto.
Fora do Brasil, muito embora especialistas reconheçam que vários tipos de tecnologias de informação possam encontrar uso amplo na monitoração e assistência a pacientes em suas residências, em casas de repouso ou em asilos, esse uso ainda é muito pequeno, segundo estudo recente da Agency for Healthcare Research and Quality nos EUA.
O Institute of Medicine (IOM) também publicou recentemente um relatório sobre a diversidade e maturidade das TICs nos cuidados de saúde de longo prazo, tipicos deste ambiente.
A University of Missouri pretende montar uma infraestrutura nacional para atender a necessidade de monitorar pacientes fora do Hospital com objetivo de reduzir o número de internações, segundo o professor Greg Alexander, professor da MU Sinclair School of Nursing que é um dos fundadores do IT Sophistication in Nursing Homes.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O beijo

O beijo é um procedimento inteligente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras tornam-se desnecessárias.

Post especial, comemorativo do 1º aniversario do blog.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Imagem da semana

Prêmio Nobel de Química

Cristalografia de ribossomo de bactéria. Cientistas usam imagens assim para criar antibióticos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O Estadão, Rui Nogueira e eu

A proposta deste espaço é abordar as questões da saúde, da tecnologia e a mistura das duas. Os Jogos Olímpicos estão inseridos neste contexto, sendo que já tive oportunidade de me referir sobre o assunto em outra ocasião.
Estava pensando escrever algo sobre a escolha do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016, mas com muita dificuldade, pois o assunto é longo, complexo, com várias facetas, acabei desistindo pois faltava inspiração, apesar de ter vontade de deixar uma demonstração dos meus sentimentos. Naquele momento era impossível.
No dia seguinte fui ler o jornal da véspera, e o assunto que dominava a edição era sobre os Jogos Olímpicos. Foi aí que eu encontrei o editorial de Rui Nogueira, que em poucas linhas sintetizou tudo aquilo que eu sequer conseguia começar a escrever.
Por estar absolutamente de acordo com todas as palavras, expressões, frases e sentimentos, resolvi transcrever este brilhante texto que é dele, porém por mim adotado, e se tivesse esta capacidade teria junto com ele assinado.

O presidente e o seu “nunca antes neste país”

O governador, o prefeito, os especialistas, os ricos, os "humil­des" e os erros da candidatura de Brasília (em 2000) podem ter trabalhado muito a favor do Rio de Janeiro, mas a conquista da Olimpíada de 2016 para a ci­dade e para o Brasil tem um grande credor: o presidente Luiz lnácio Lula da Silva, "o cara".
Mesmo admitindo-se que a contabilidade dos seus feitos políticos, econômicos e diplomá­ticos está sempre superfatura­da, o Rio, indiscutivelmente, ga­nhou o direito de organizar e ce­lebrar a Olimpíada de 2016 no rastro do "efeito Lula" no cená­rio internacional.
A presença em Copenhague e o discurso de apresentação da candidatura diante do Comitê Olímpico Internacional (COI) configuram um fenômeno políti­co. Esse foi, talvez, o melhor dis­curso do presidente Lula, re­cheado de palavras precisas e destinadas a dar forma e poder de persuasão àquilo que o comi­tê organizador brasileiro se pro­pôs a dizer.
Ontem, o presidente provou que no improviso ele só é engraçado, quase galhofeiro. Trei­nado e contido, mas sem perder a espontaneidade que marca­ram o metalúrgico eleito para o Palácio do Planalto, ele mostrou que é convincente.
As palavras eram solenes, mas ele foi um pedinte altivo e apaixonado. Para uma platéia de gringos a convencer e de olho nos concorrentes a superar, o redator misturou - bem ao gosto do presidente Lula - a classe média "das areias de Copacaba­na" e das "vitrines das lojas de São Paulo" com a população mais pobre dos "pequenos televi­sores às margens da Amazônia".
A estratégica referência à Amazônia foi apenas a primeira de uma série de ícones bem con­tornados e bem usados: "paixão pela vida", "paixão pelo espor­te", "povo misturado", "calor do povo" e "sol da nossa alegria".
Assim, soltas, as expressões parecem formar um polvilho de demagogias.
Seguindo o script traçado pa­ra a ocasião, porém, Lula usou esses degraus para escalar um silogismo cheio de premissas a anteceder a conclusão com o pedido: a hora é dos países emer­gentes, a América do Sul nunca teve uma Olimpíada, "vivemos num clima de liberdade e demo­cracia", 30 milhões de brasilei­ros saíram da pobreza, 21 mi­lhões de brasileiros passaram a integrar a classe média, a econo­mia está organizada, o Brasil saiu bem da crise financeira mundial, o País está entre as maiores economias do mundo e "nunca tivemos a honra" de se­diar a Olimpíada.
Sem chamar de erro as esco­lhas feitas até agora, Lula pediu a "correção do desequilíbrio".
Lembrou que para os concorren­tes do Rio a disputa era por "mais uma" Olimpíada, enquan­to para o Brasil era "uma oportu­nidade sem igual".
E foi assim que lula, finalmen­te, ganhou por inteiro o direito de dizer que "nunca antes neste País" um governo havia conquis­tado o que ele conquistou.

RUI NOGUEIRA
O ESTADO DE SÃO PAULO
CHEFE DA SUCURSAL BRASÍLIA
sábado, 3 de outubro de 2009, ano 130 nº 42354 Caderno especial H2.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rondônia é a notícia

Para muitos, especialmente aqui do sudeste, Rondônia não é visto como um estado que desperta muito interesse sob todos os aspectos de uma forma geral. Mas esta visão é equivocada, pois Rondônia é o 3º estado mais rico da região Norte, responsável por 11% do PIB da região. Apesar de ser um estado jovem, criado em 1982, possui o 3º maior Índice de Desenvolvimento Humano, o 4º maior PIB per capita, a 2ª menor taxa de mortalidade infantil e a 3ª menor taxa de analfabetismo entre todos os estados das regiões Norte e Nordeste do país.
Sua economia se baseia na pecuária e na agricultura do café, cacau, arroz, mandioca e milho e no extrativismo da madeira, de minérios e da borracha.
O nome Rondônia, inicialmente Território foi uma justa homenagem ao sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958),e a descoberta de jazidas de cassiterita e a abertura de rodovias estimularam a sua economia e o seu povoamento, passando este Território à condição de Estado a partir de 1982.
Este pedaço de terra espremido entre Amazonas, Mato Grosso e Bolívia, faz parte do Planalto Sul - Amazônico, com uma rede hidrográfica muito mais eficiente do que a malha rodoviária, talvez seu único defeito é estar muito distante dos chamados “grandes centros urbano”.
Mas esta semana Rondônia esteve nas manchetes de todo o país por motivos outros, de fazer inveja a todos que pertencem aos “grandes centros urbanos”.
Desde ontem dia 1º de outubro os servidores do Hospital de Base Ary Pinheiro (HBAP) estão utilizando o serviço de ponto eletrônico por meio de reconhecimento facial. Este projeto pioneiro faz parte do Programa de Informatização do Governo de Rondônia para as unidades de Saúde.
O usuário se colocará em frente ao equipamento, que num período de cinco segundos, a sua face será registrada. Após esse processo, os dados serão transmitidos para um banco de dados, gerando as informações para a folha de pagamentos e vários outros procedimentos.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, o sistema de reconhecimento facial é inédito e o mais moderno da América do Sul, além de ser o primeiro equipamento no Brasil de reconhecimento facial. A adoção desta tecnologia faz parte da organização dos serviços e do respeito pelo usuário dos serviços de Saúde.
Em breve o ponto eletrônico será interligado em todas as unidades com um banco de dados único, que vai reunir várias informações num mesmo lugar.
Este é um projeto piloto que deverá ser estendido para todas as secretarias do governo do estado e deverão estar sendo integradas a partir do mês de novembro.
Inicialmente quatro equipamentos vão facilitar a agilização dos processos e posteriormente serão estendidos às demais unidades hospitalares.
Os equipamentos foram disponibilizados em área central das dependências do HBAP, visando favorecer a movimentação de pessoal, sem prejuízo de atrasos ao deslocamento dos servidores até suas áreas de trabalho.
O governo do estado anunciou nesta segunda feira 28, o inicio das obras de ampliação do Hospital de Base Ary Pinheiro.
O Investimento conta com recursos da compensação financeira dos empreendimentos do Rio Madeira, estimados no total de R$ 31,9 milhões e terá suas unidades e número de contratados aumentados, sendo mais de mil servidores para a área de saúde, incluindo médicos de diversas especialidades.
Incluído no projeto também está a reforma do setor de psiquiatria, a construção de uma UTI neonatal com 12 leitos, mais 70 apartamentos, auditório com 200 lugares, biblioteca e quatro salas de aulas para residência médica.
O diagnóstico e tratamento do Câncer, vai ser privilegiado com a construção de salas de quimioterapia, braquiterapia e radioterapia, além de serviços de apoio como lavanderia e refeitório.
Na verdade o espaço do HBAP ficará todo no Complexo Hospitalar Central incluindo as obras do novo prédio da Policlínica Oswaldo Cruz e do Hospital Infantil Cosme e Damião, que terá cerca de 50 leitos.
O governo do Estado de Rondônia tem feito outros investimentos na área da saúde, como aquisição de equipamentos , obras de restauração do Hospital João Paulo II, que contaram com recursos de R$ 7 milhões, e ainda foram remanejados mais de R$ 50 milhões de outras áreas para serem investidos na saúde.
Em Julho deste ano implantou com sucesso um novo sistema de gestão no próprio HBAP, como primeiro passo para a integração do sistema de saúde de todo o estado.
Atualmente, Rondônia aguarda recursos do Ministério da Saúde para equipar o hospital de Cacoal, para ser entregue à população no início do próximo ano.
Acho que por este exemplo e outros tantos que acontecem neste gigantesco país, como até mesmo já havíamos escrito neste blog
a respeito de Duas grandes notícias vindas de duas pequenas cidades, devemos estar mais atentos àquilo que acontece nestas chamadas pequenas cidades que vez por outra nos surpreende com estas auspiciosas notícias, que não temos nas grandes cidades.
Parabéns Rondônia.