Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Cristãos, Judeus, Muçulmanos e o Natal

Judeus e muçulmanos não festejam o Natal. Para quem vive no mundo árabe ou em Israel, isto não é um problema. A Universidade Hebraica de Jerusalem tem aulas normais nos dias 24 e 25 de dezembro, os bancos e lojas abrem em países como a Arábia Saudita. A data que, segundo a tradição, marca o nascimento de Jesus é quase um dia como outro qualquer. No caso de Israel um pouco menos, devido ao fluxo de turistas que vão passar o Natal em Jerusalem e Belém, onde nasceu o Cristo, além do que os Israelenses tem consciencia do nascimento de um Judeu que se posicionou como uma liderança inconteste para algo em torno de 1/4 ou 1/3 da população mundial.
No Líbano, famílias muçulmanas menos religiosas trocam presentes e enfeitam árvores no Natal como se fosse uma festa familiar, não religiosa. Algumas comunidades islâmicas brasileiras chegam a organizar festas juninas.
Os americanos perceberam o sentimento de isolamento de comunidades não-cristãs durante o Natal e começaram a tomar algumas medidas,como por exemplo em vez de desejar "Merry Christmas" (Feliz Natal), alguns americanos passaram a dizer "Happy Holidays" (bom feriado ou boas festas) Em muitos prédios de Nova York, uma Menorah (candelabro) é colocada ao lado da árvore de Natal para celebrar o feriado judaico do Hanukkah, que cai mais ou menos nesta época do ano, e em determinadas situações acaba sendo cofundida como o “Natal Judaico”. Pois está baseada no calendario lunar, e as celebracoes podem cair em datas muito próximas ou na mesma data como foi em 2008.
E aquí no Brasil este final de ano simboliza mais um aniversário de nascimento de Jesus de Nazaré, um dos judeus mais brilhantes e ilustres que se tem notícia e que deveria estar sendo reverenciado nestes dias.
Mas não é isto o que acontece nesta nossa sociedade de consumo, onde a imensa maioria das pessoas trocou o Cristo pelo Papai Noel, por conveniência ou ignorância, personagem mitológico criado no século IV que costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras, colocando um saco com moedas de ouro a ser ofertado pela chaminé das casas. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.
Na verdade eu vejo que as pessoas ligam o Natal ao Papai Noel, com seus presentes, brindes, lembranças, consumismo exagerado e estimulado pela mídia, pela “indústria de tudo”, como bem dizem, “o melhor momento para se fazer dinheiro”.
Ano passado pesquisa realizada despretensiosamente por um veículo noticioso entrevistou crianças que no dia 25 de Dezembro brincavam com seus presentes ganhos no Natal.
A pergunta foi: você sabe que dia é hoje?
E a resposta quase unânime: claro é dia de Natal.
Mas o que se comemora no dia de Natal?
Ora o aniversário do Papai Noel, lógico!
Acompanham grandes exageros de ingestão de comidas e bebidas, exatamente como Cristo não fez e geralmente são veiculados pela mídia, quase como uma necessidade ou obrigatoriedade, ignorando a fome de seus semelhantes. É a farra do Natal, aniversário do Papai Noel, que até mesmo as crianças estão aprendendo a não respeitar, e uma delas até mesmo perguntou por que Papai Noel morreu na cruz.
E o Cristo, o que aconteceu?
Será que as pessoas sabem que o Natal é o nascimento de Cristo?
Será que as pessoas sabem que por causa do nascimento de Cristo é rezada a “missa do galo?”.
Será que as pessoas sabem que oito dias depois do seu nascimento Ele foi circuncidado?
Será que as pessoas sabem que este dia é exatamente o 1º de Janeiro e por isto é um feriado, cultivado pelos judeus como uma das datas mais importantes na vida de um homem que segue suas tradições?
Não, as pessoas não sabem não! O que ficou como uma leve lembrança é que 40 dias após o Carnaval seremos levados por um feriado prolongado a comer peixe numa tal de sexta feira Santa, onde se não me engano algo aconteceu ao Cristo.
Assim sendo prefiro entender este final de dezembro como um momento em que o nosso planeta estará completando mais uma volta em torno do sol. Cada ano com mais dificuldades, pois o ser humano está conscientemente destruindo o seu planeta. A mudança do ano pelo calendário gregoriano ou espacial é um momento único de reflexão, de balanço íntimo, de tudo aquilo que fizemos de bom, de ruim e o que deixamos de fazer e alguns instantes para projetar um ano melhor e com correções de rumo.
A vida vivida neste planeta é breve, volátil, fugaz, efêmera e o avanço da medicina com o auxilio da tecnologia está fazendo com que estejamos vivendo mais e até mesmo em melhores condições. Este fenômeno, entretanto esta criando problemas para os governos de todo o mundo que têm dificuldades de manter as pessoas com uma boa qualidade de vida após certa idade. Por tudo isto espero que mais este movimento de translação do nosso planeta seja acompanhado de muita Saúde, Paz, Harmonia e Felicidade a todos que leram este post independentemente de terem concordado ou não.
Boas Festas.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Catástrofes e o coração

Várias pesquisas médicas detectaram um significativo aumento de problemas cardíacos agudos após a ocorrência de eventos catastróficos, sejam atentados terroristas, guerras ou fenômenos da natureza. Na verdade não é que a catástrofe em si seja a responsável pela morte, mas sim o fato de que estes pacientes já estavam num limite crítico, e qualquer evento que aumentasse seus níveis de adrenalina poderia provocar a morte. Costumo dizer que estas pessoas morreram em conseqüência da “gota d’agua”, pois uma doença pré existente estava latente, assintomática ou muito pouco sintomática e no primeiro evento regado à uma boa dose de emoção , que no caso pode ser algo bom ou ruim, advém a morte súbita, seja ela por oclusão coronariana, arritmia cardíaca, ou até mesmo de origem cérebro vascular, tendo porém o stress agudo, como o fator desencadeante do óbito.
O exemplo mais claro desta situação é do cidadão que morre num campo de futebol. A emoção, da derrota ou da vitória foi a gota d’agua para alguém que foi ao estádio aparentemente em boas condições de saúde e não suportou assistir a vitória ou a derrota de seu time do coração, tão do coração que o matou...
O atentado terrorista ao World Trade Center, o furacão Katrina em New Orleans e as inundações em Santa Catarina são exemplos de grandes catástrofes que têm estimulado interesse na compreensão das conseqüências para a saúde geral e cardiovascular.
Potenciais efeitos causados pelo estresse agudo são atualmente estudados, embora não haja dados suficientes disponíveis sobre terremotos, enchentes, terrorismo e outros. Os efeitos psicológicos podem durar semanas, se não meses, e, às vezes, deixam uma seqüela permanente.
Desde os ataques ao World Trade Center foram associados aumento do stress pós-traumático e problemas cardiovasculares. Existem conhecidos efeitos fisiopatológicos do estresse agudo e a indução ou potencialização de arritmias cardíacas; indução de isquemia miocárdica em pacientes suscetíveis subjacentes à doença arterial coronariana; aumento da pressão arterial, precipitação de piora da função endotelial e/ou lesão endotelial, anormalidade da coagulação; e hemoconcentração. Esses representam todas as áreas importantes para estudos, após a ocorrência de catástrofes.
Com base nos atuais dados epidemiológicos e fisiopatológicos relativos a efeitos cardíacos agudos pós estresse, faz-se necessário o acompanhamento de perto dos pacientes de alto risco cardíaco após esses eventos. Recentes estudos demonstraram um aumento de infarto do miocárdio (IAM) no momento e semanas após catástrofes naturais. O papel do estresse crônico na patogênese do IAM é ainda mal compreendido nessa ocasião.
Os dados pós Katrina revelaram que ocorreu perda de emprego e de seguros, diminuiu o acesso à saúde preventiva e aumentou a incidência de IAM. Além disso, parece que o estresse leva a um grave transtorno psicossocial com perda de emprego, de seus lares e, com isso, aumento do abuso de álcool, drogas, tabagismo e abandono de terapêutica.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia está analisando o aumento na incidência de IAM e de morte súbita após as enchentes de Santa Catarina, baseada exatamente nos dados pós-Katrina, que mostraram número três vezes maior de ocorrências, dois anos após o desastre, o que representou uma mudança significativa na condição de saúde da população geral. Um maior estudo sobre os efeitos do estresse crônico faz-se necessário e conta com o apoio integral dos nossos dirigentes da sociedade.

Parte deste material foi publicado no Jornal da SBC nº 94 Jul/Ago 2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Idade não é mais problema para usar tecnologia

Levantamento feito nos EUA sob encomenda da Motorola conclui que predisposição a novas mídias é alta em todas as principais faixas etárias.
A idade já não é capaz de determinar sua predisposição ou habilidade para usar serviços de tecnologia e/ou multimídia. Essa foi a conclusão de estudo da StrategyOne, encomendado pela divisão de mobilidade da norte-americana Motorola, que teve os resultados divulgados neste mês de dezembro, fazendo parte do Barômetro de Consumo de Mídia 2009.
A pesquisa ouviu mil norte-americanos entre 16 e 64 anos, que foram classificados em três categorias, de acordo com a geração a que pertencem: Boomers, Geração X e Jovens do Novo Milênio.
Embora o índice de predisposição à utilização de serviços de tecnologia varie de acordo com a idade, o levantamento encontrou índices altos de aceitação em todas as faixas etárias.
Estar disponivel o tempo todo, por exemplo, mostrou ser uma necessidade para 79% dos jovens, 64% da Geração X e 65% dos Boomers. Já em relação a permanecerem conectados, o índice é ainda maior: 80% dos jovens, 78% da Geração X e 78% dos Boomers têm interesse em ficar online o tempo todo.
Sobre a influência que uma geração exerce nas outras, a pesquisa revelou que essa interferência é mútua: 62% dos pertencentes à Geração X dizem influenciar seus pais, ao passo que 79% dos Boomers dizem influenciar seus filhos.
Em relação aos jovens, 76% dizem influenciar seus pais da Geração X; no sentido inverso, 87% dos pertencentes à Geração X dizem influenciar os jovens.
Pessoalmente já tivemos oportunidade de sentir o que agora está sendo constatado, ao participar de um projeto em que incluía o treinamento para uso de sistema de gestão (PEP), para médicos, sendo que 6 deles já na casa dos 70 anos. Para nossa surpresa, todos aprenderam.
Estas informações foram coletadas de diversos órgãos da imprensa geral e especializadas, que divulgaram a pesquisa nesta semana.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A história da prescrição médica

O "R” cortado (Rx) é um símbolo usado por alguns médicos no início de sua prescrição. Não é um simples “R” e “x”, é um símbolo que não existe em nosso alfabeto, é um “R” com um a perna maior, com a linha do “x” cortando-a.

Existem várias explicações sobre sua origem. Uma delas é de que o símbolo deriva do “Olho de Hórus”ou “Olho Sagrado”, um símbolo mitológico do Egito antigo, que significa proteção, restabelecimento da saúde, intuição e visão. Os egípcios usavam o símbolo para afastar o perigo, a doença e má sorte, sendo muito parecido com a abreviação “Rx”.

O símbolo originou-se da lenda do deus egípcio Hórus (ou Harpócrates),deus do Céu, filho de Osíris (deus do Sol) e Ísis (deusa da Natureza), que lutou contra seu tio, o deus Seth (deus do Caos), assassino de seu pai, pelo trono do Egito. Numa das disputas, Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus (a Lua), mas este foi curado e sua visão restaurada, quando Thoth (deus da Sabedoria e da Mágica) uniu as partes e derramou leite de gazela.
Finalmente, após 80 anos, Hórus, com com sua visão restaurada, derrotou Seth e tomou-lhe o trono reunindo novamente o Egito.
O símbolo une um olho humano com as marcas de um falcão, ou cicatrizes da restauração, pois Hórus tinha a cabeça de falcão. Tem sido usado por séculos, representando saúde e proteção
Outra teoria é a de que o símbolo "Rx" que deriva do latim "recipere", significando "recuperação" ou "take, thus", em inglês e precede a prescrição de alguns médicos.
Nos tempos em que os médicos precisavam prescrever a fórmula do medicamento com a mistura e composição de seus ingredientes, a abreviação “Rx” era completada por uma afirmação como “Fiat mistura” que significava "que a mistura seja feita".
Outra teoria é de que o “Rx” é uma invocação ao Deus romano, ou ao planeta da sorte Júpiter, uma prece a ele para que o tratamento seja efetivo, tanto que em manuscritos médicos antigos, todos os Rs eram cruzados.
As minhas receitas, sempre iniciam se com o símbolo "Rx", pois assim aprendi nas aulas de Terapêutica clínica, disciplina que praticamente desapareceu na imensa maioria dos cursos médicos.
Este post foi escrito à partir de matéria publicada no suplemento cutural da APM nº 146 de 2004 de autoria do Dr. Alexandre Campos Moraes Amato, na época médico Residente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Imagem da semana

O casal Michaele e Tareq Salahi conseguiu se aproximar do presidente Barack Obama, participando de um jantar de Estado na semana passada na Casa Branca, sem ter sido convidado.