Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A ciência invadindo a mente, pensamentos, memórias e lembranças - Parte II

A Dra.Elizabeth Phelps, e sua equipe da New York University descobriram uma maneira de bloquear lembranças que causam medo, abrindo caminho a novos tratamentos para fobias.
As descobertas se basearam em estudos preliminares com ratos, os quais mostraram que reativar a memória, exibindo objetos que estimulam uma lembrança desagradável, abre uma "janela no tempo" específica por meio da qual as lembranças podem ser editadas antes de serem armazenadas novamente.
"Antes que as lembranças sejam armazenadas, existe um período durante o qual elas ficam suscetíveis e podem ser eliminadas", explicou Elizabeth Phelps, que publicou a pesquisa no jornal Nature.
Estudos anteriores haviam revelado que algumas drogas podem ser usadas para bloquear lembranças desagradáveis, mas os efeitos não eram duradouros.
Phelps e seus colegas basearam sua pesquisa em análises de ratos segundo as quais lembranças podem ser modificadas, mas apenas durante um período específico após os ratos terem sido expostos a objetos que estimulam a memória.
Essa "janela de suscetibilidade" surge normalmente entre 10 minutos após à exposição a estímulos da memória e seis horas mais tarde, quando o cérebro novamente guarda a lembrança. Os pesquisadores em seguida aplicaram essas descobertas em seres humanos, quando primeiro, eles criaram uma lembrança desagradável, mostrando aos voluntários um quadrado azul e então lhes submetendo a um leve choque. Depois de criarem a memória incômoda, simplesmente exibiam novamente o quadrado azul, que estimulava a lembrança do choque.
A equipe esperou 10 minutos e começou o "tratamento", mostrando o quadrado azul repetidamente aos voluntários sem aplicar o choque. Phelps explicou que a espera de 10 minutos para o início do tratamento influenciou muito na eficiência da eliminação da lembrança desagradável.
Um segundo grupo de voluntários que recebeu o tratamento antes do final do intervalo de 10 minutos continuou apresentando comportamento medroso e incomodado quando foram expostos ao quadrado azul.
Após um ano, os pesquisadores reviram os voluntários, o grupo que recebeu o tratamento adequado, não apresentou nenhum tipo de receio em relação ao quadrado azul. Mas os que não haviam sido submetidos ao tratamento tiveram uma reação nervosa.
Phelps ressaltou que um importante aspecto do estudo é identificar o período específico durante o qual o cérebro está suscetível.Ela explicou que essas são as primeiras descobertas do tipo em seres-humanos e alertou que ainda não devem ser usadas para tratar pessoas com problemas de ansiedade.
"Fizemos um teste com um quadrado azul e um leve choque l. Mas lembranças realmente desagradáveis são muito mais complexas e intensas do que isso", disse Phelps, que acredita que a descoberta cria a possibilidade de desenvolver tratamentos para ajudar as pessoas a superar dificuldades emocionais.

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