Esta cena ocorreu de fato e, portanto é a absoluta realidade do nosso cotidiano, apenas eu não sei se ela é uma boa história.
O cenário é uma padaria bem bacana, destas que já são incontáveis na nossa cidade de São Paulo. Eu digo padaria porque elas também vendem pão, mas na verdade elas têm de tudo, não só para comer e beber, como pilhas, detergentes e em algumas até papel higiênico. O flagrante foi dado por um fiscal da Vigilância Sanitária que descobre uma garrafa de água mineral cujo vencimento para o consumo foi ontem. Ele procura o gerente da loja e em poucos minutos já estão discutindo a questão bem próximo ao caixa. Exatamente aquele caixa totalmente decorado pelos fabricantes de cigarros onde põe à venda todos os seus produtos. Esta fotografia com todos os maços de cigarros multicoloridos, as frases de advertências do Ministério da Saúde e as fotos chocantes que todos nós já acostumamos a ver diariamente, compõe o cenário de um fiscal autuando e multando uma loja que vendia uma garrafa de água que venceu ontem.


Algo de errado deve haver neste episódio. A pessoa que multa a água que valeu até ontem, pertence ao mesmo órgão (Ministério) que autoriza a venda do venenoso cigarro, e é quem determina o prazo de validade de ambos produtos.
Mais ainda, dentro do prazo, segundo a ANVISA água e cigarro são dois produtos próprios para o consumo, sendo que um deles mantêm, e o outro tira a vida. O que esta errado nesta história?
Mais ainda, dentro do prazo, segundo a ANVISA água e cigarro são dois produtos próprios para o consumo, sendo que um deles mantêm, e o outro tira a vida. O que esta errado nesta história?
Apreciaria comentários.
2 comentários:
Leonardo,
São as contradições da nossa sociedade.
Abraço
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