Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Porque as Farmácias são resistentes à participar das Comunidades de Saúde?

A Cadeia da Saúde é formada por pessoas, empresas, segmentos, enfim todos que de alguma forma direta ou indireta contribuem para o bem estar e a manutençõ da saúde do cidadão. O conceito permite a horizontalização dos processos nas instituições de saúde, otimizando-os e melhorando os recursos da comunidade.

Poderíamos dizer que a feira livre faz parte da cadeia?
Num certo aspecto sim. Se imaginarmos que recebemos orientação de uma Nutricionista para comer isto ou aquilo, é valido considerar a feira livre como um local onde se “busca saúde”.

Por outro lado, se um investidor do mercado de capitais solicitar ao seu corretor que compre uma “cesta de ações de saúde” ele estará comprando ações de Seguradoras, Operadoras de saúde, Empresas que atuam na complementação do diagnóstico, Grupos Hospitalares, empresas de Equipamentos médico hospitalares, Softwares de gestão da área da saúde, Laboratórios farmacêuticos, Grupos de Farmácias e outros mais.

Na verdade eu entendo que a cadeia da saúde é exatamente esta mesma que compõe a cesta de ações.

E porque as Farmácias estão de fora?

Penso que a questão é totalmente de responsabilidade do próprio mercado e das autoridades governamentais.

As redes de Farmácia nas grandes cidades são verdadeiras lojas de conveniências usando uma pequena área física para depositar alguns medicamentos. É muito mais importante ter à disposição um “shampoo para cabelos revoltos e quebradiços” do que determinado medicamento que possa ser prescrito durante a noite ou madrugada, mesmo porque estas grandes redes tem disponível sistema de entrega domiciliar tão eficiente como uma boa pizzaria. Entretanto o que está completamente errado é que a Farmácia perdeu sua principal função que é exatamente integrar a cadeia da Saúde.
Em que lugar podemos saber se o nosso paciente comprou o medicamento prescrito?
Na Farmácia.
Em lugar podemos saber se o paciente tomou a injeção prescrita?
Na Farmácia.
Em que lugar podemos saber que o paciente não comprou o medicamento prescrito por ser muito caro?
Na Farmácia

Estudo feito do qual tive o privilégio de participar mostrou que numa das maiores redes de Farmácias de São Paulo o produto mais vendido foi um “sal de Andrews”, em segundo uma daquelas balinhas perfumadas, em terceiro, pilhas AA, em quarto barras de cereais, sendo que o primeiro medicamento aparece em 9º lugar e assim mesmo era um destes milagres para “curar gripe”. O primeiro medicamento efetivamente prescrito estava além do 28º lugar.

Neste mesmo estudo a proposta era fazer com que a Farmácia devidamente remunerada informasse a empresa (operadora de saúde) que o paciente fulano de tal comprou p.ex sua Insulina o que implicitamente admitiria-se que o paciente esta usando a medicação prescrita e até mesmo quando deveria estar comprando o próximo fasco. Caso isto não acontecesse a Operadora (medicina Preventiva) deveria entrar em contato com o paciente para saber porque não compro o medicamento. Sabemos hoje que Insulina, seringas, agulhas, algodão, etc... ou seja tudo que compõe o tratamento do diabético é infinitamente mais barato do que um único dia de internação deste paciente.

Este tipo de proposta induziria uma grande melhoria das condições de saúde da população alem de importante racionalização de custos.

O governo por sua vez porta-se de forma ridícula sem qualquer atitude coerente com relação a questão sendo que o órgão executor a ANVISA parece que não tem nada a ver com o assunto. E pior ainda o Governo abre suas Farmácias Populares que via de regra não contém 10% das necessidades mínimas.

Com a palavra A FARMÁCIA.

4 comentários:

Anônimo disse...

Existe, dois problemas, um deles é a falta de disciplina na faculdade que seja direcionada para administração, isso daria um caráter mais social e ampliaria o campo de visão, promovendo uma melhor integração, sei que este ponto já está sendo corrigido mas ainda persiste em muitos locais. Outro ponto é o medo do novo, no início ocorre uma certa rejeição mas logo se adaptam a nova realidade.

Anônimo disse...

A FSP de hj fala de seu blog.Vim visitá-lo e vejo que é novo. Espero que vc continue. O meu se chama "uma certa idade" www.zelinha-zelinha.blogspot.com. Apenas amenidades,digamos, meio inúteis....reflexões, filmes, livros, músicas, arte...viagens.
Me divirto! Espero que tb seja bom para vc/
abr.

Edson Basilio disse...

Olá!
Vi seu blog na Folha e resolvi passar para conferir. Muito legal a sua iniciativa, em primeiro lugar de vida, em segundo de expor suas idéias.
Espero chegar à sua idade com tanta disposição e tantas idéias quanto você, que é um exemplo para os que acham que ficam inválidos, inclusive intelectualmente, após certa fase da vida.
PARABÉNS!
Gostaria de receber uma visita sua ao meu blog: http://edsonbasilio.blogspot.com/
Abraço!

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Leonardo,
Obrigada por sua visita ao meu blog. Apareça sempre.
Visitei o site do projeto do qual você está participando e fiquei muito entusiasmada com a idéia. Tudo que for feito para humanizar a saúde merece aplausos.