Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Gordura que atua direto no cérebro

Estudo realizado por pesquisadores do SouthWestern Medical Center, da Universidade do Texas mostrou que certos tipo de gordura atuam diretamente no cérebro, impedindo que a sensação de saciedade seja sentida. Ou seja: alguns alimentos não só engordam como também fazem com que se coma mais do que o necessário.
O mecanismo, segundo as análises da Dra. Deborah Clegg e sua equipe, seria que a gordura de certos alimentos faz com que o cérebro envie uma mensagem para que as células ignorem os sinais de saciedade.
Em condições normais, o ser humano é programado para dizer quando estamos satisfeitos, e os hormônios leptina e insulina seriam responsáveis por dar este aviso - mas isso nem sempre acontece quando estamos comendo uma coisa de que gostamos.
O fato de que dietas altamente ricas em gordura causam resistência a esses hormônios é um fato antigo e já conhecido da medicina, porém pouco se sabia a respeito do mecanismo que disparava este mecanismo, ou quais tipos de gordura podem causá-la.
A equipe da Dra Clegg suspeitou que o cérebro estivesse envolvido no processo, pois é um órgão capaz de absorver tanto gorduras saturadas como insaturadas. Para comprovar a tese, os pesquisadores expuseram roedores a variados tipos de gordura de diferentes maneiras: injetando diretamente no cérebro, ou na artéria carótida ou alimentando os animais por um sonda gástrica três vezes ao dia.
Os resultados mostraram que a química do cérebro pode mudar em um período de tempo muito curto, fazendo o organismo ignorar o aviso de supressão do apetite. O estudo sugere que, quando se come algo altamente gorduroso, o cérebro é atingido com os ácidos graxos e a pessoa se torna resistente à insulina e à leptina. Como o cérebro não manda parar de comer, continuamos a se alimentar.
Nos animais, o efeito durou cerca de três dias e foi catalisado principalmente pelo ácido palmítico, que é um ácido graxo que se mostrou bastante eficiente em enganar nosso mecanismo de controle de peso, especialmente porque está presente na carne vermelha, leite e derivados.
Um fato relevante do estudo publicado no The Journal of Clinical Investigation é a constatação de que o mecanismo é disparado no cérebro, muito antes que qualquer sinal de obesidade seja observado anatomicamente. A próxima tentativa do grupo de pesquisa é tentar determinar quanto tempo é necessário para reverter os efeitos da exposição do cérebro à gordura.
De uma forma muito simplista poderíamos dizer que hamburguer, sorvete, pizza e outros alimentos gordurosos não vão direto para a barriga ou, pelo menos, não têm um efeito negativo só na aparência.

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