Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Aspectos éticos, de pesquisa e apoio ao diagnóstico do PEP

O uso da tecnologia na implantação de um PEP ou RES, estará submetida a uma série de normas éticas do CFM que orientam o médico e complementam o procedimento. Uma delas, que não é voltada ao profissional médico, mas para aqueles que desenvolvem sistemas de informação, é a certificação do sistema. Além de tudo isso, o Código de Ética Médica, prevê uma série de posturas, vetos e recomendações aos médicos para o uso de qualquer tecnologia.
Todo e qualquer tipo de PEP, RES ou enfim anotação eletrônica de saúde sempre contém no seu final o CID (Código Internacional de Doenças) do paciente. Alguns sistemas sequer fecham o arquivo ou conseguem se dar alta ao paciente se não houver o CID, e algumas vezes não só o CID primário, como secundário e até mesmo o terciário.
Existe uma grande discussão disseminada que é referente à confidencialidade do diagnóstico do paciente.
Há muitos anos o CID foi adotado para substituir o diagnostico explícito, que comprometia a confidencialidade do paciente.
Por exemplo o diagnóstico explicito de Nefrite túbulo-intersticial aguda pode gerar implicações de várias ordens inclusive trabalhista, o que me leva usar o CID N.10 que quer dizer a mesma coisa porém preservando a confidencialidade do paciente.
Na década de 70 o órgão que fiscalizada o exercício da medicina, entregava ao médico o seu exemplar do CID, que somente quando gasto pelo uso era trocado por um novo, mediante a devolução do usado.
Hoje nada disto mais existe e o CID está na Internet para consulta aberta com todas as suas versões CID 9 (que é usado nos Estados Unidos) CID 10, uma versão com detalhes do CID 10 disponibilizada pelo próprio governo e até o CID 11 que ainda não está pronta, e está aceitando contribuições na sua confecção de pessoas registradas.
Este é um exemplo típico do complicador que a tecnologia trouxe ao exercício da medicina. Entretanto devemos lembrar que o médico formado no final da década de 80 ou início de 90 não conhece esta história porque, nasceram na era do CID digital, e portanto têm uma visão da tecnologia totalmente diferente de quem viveu a “era do papel”.
De qualquer forma o diagnostico ou a informação que era sigilo e do interesse exclusivo da relação médico/paciente hoje é 100% aberta, de domínio publico, com todas as suas consequências éticas.
Entre estas consequências algumas são até interessantes e úteis, pois os órgãos públicos conseguem rapidamente levantar estatísticas de uma determinada doença que tenha afetado uma região um estado, um município ou até um CEP. De posse destas informações é possível com muita facilidade organizar campanhas educacionais, informativas ou ate mesmo de medicina preventiva como uma campanha de vacinação numa comunidade.
Esta mesma informação pode estar sendo usada pela indústria para localizar pessoas com um determinado diagnóstico (CID) para abordá-las com a finalidade de oferecer tratamentos, medicamentos, facilidades, dietas, enfim toda uma gama de produtos ligados aquele diagnostico ou CID.
A pesquisa clínica também pode e deve ser abordada por este mecanismo, para localizar o paciente e convocá-lo para estudos, avaliações aplicações de ações de medicina preventiva, e até mesmo serviço de apoio a decisão.
A medicina preventiva poderá ser beneficiada pois será possível monitorar pessoas com doenças crônicas que necessitam cuidados, com a finalidade de tratá-las adequadamente para que as mesmas não voltem para o hospital por abandono ao tratamento.
Algumas empresas já se convenceram que é muito mais interessante, inclusive financeiramente, atravessar uma cidade para levar ao paciente diabético, insulina, agulha álcool, etc. do que esperá-lo em ceto-acidose diabética, gerando uma conta tremendamente maior. Existem empresas que utilizam este método fazendo curativos diários em ferimentos de pé diabético para que eles não venham ao hospital para um debridamento cirúrgico.
Estas são apenas algumas das boas funcionalidades decorrentes da informatização da medicina em conjunto, com medicina social, assistencial, fisioterapia, nutrologia, entretanto tudo isto deveria e deve preceder de um consentimento informado para que o paciente autorize que sua doença acabe sendo algo de domínio público

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Imagem da semana

O ator Brad Pitt fez questão de mostrar que Johnny Depp não ganhou terreno com Angelina Jolie durante as filmagens de O Turista. O flagra foi do site TMZ durante a premiére do filme no último dia 07.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Será o fim do código de barras?

Cientistas da Universidade Rice,Houston TX nos Estados Unidos, e da Universidade Nacional Sunchon, na Coréia, criaram um transmissor baseado na tecnologia RFID, que poderá substituir os códigos de barra de forma barata e muito mais prática.
O transmissor que pode ficar invisível ao ser impresso em embalagens, permitiria, por exemplo, que a passagem pelo caixa de um supermercado fosse muito mais rápida, pois o cliente não precisaria mais tirar as compras do carrinho para a leitura individual como é feita hoje , pois todas as embalagens, juntas, passariam por um scanner que em segundos, leria todos os itens ao mesmo tempo, faria a soma e também atualizaria o sistema de estoque da loja.
A tecnologia aplicada no caso ainda precisa de aperfeiçoamentos, mas uma primeira versão já foi publicada na revista IEEE Xplore Digital Library e o resumo do artigo pode ser visto clicando aqui.
Ela é baseada em uma tinta com nanotubos de carbono, própria para a produção de pequenos transistores em filmes, um elemento chave para as identificações em freqüências de rádio (RFID) em etiquetas.
Apesar de cada vez mais comuns, as etiquetas RFID de hoje são ainda muito caras por serem feitas de silício. A nova tecnologia proposta permite que elas sejam impressas no próprio papel ou ainda no plástico das próprias embalagens, diminuindo muito o custo final.
O método usa um processo de “gravura”, e não de impressão, para substituir códigos de barra. Até o momento, os pesquisadores já criaram com sucesso etiquetas de um bit, e trabalham com uma tentativa de 16 bits.
As etiquetas impressas com a tinta especial “ligam” quando recebem as freqüências de rádio corretas, e retornam para o sistema a informação que contêm, como, por exemplo, o preço.
De qualquer forma o uso do RFID substituindo o código de barras ainda é uma novidade e o Dr Mark Gasson, cientista da University of Reading UK, a 65 km ao oeste de Londres tornou-se a primeira pessoa no mundo “a ser infectado por um vírus de computador”.
Esta contaminação ocorreu a partir de um chip avançado de RFID contaminado por um vírus, que ele havia implantado sob a pele da mão esquerda, com o objetivo de demonstrar como a tecnologia por trás destes implantes tornam se mais vulneráveis a vírus de computador. A funcionalidade do chip era para entre outras dar acesso ao seu escritório na Universidade e o uso de seu telefone celular. Este estudo esta publicado no Science Daily de 26 de maio de 2010.
Esses resultados poderiam ter grandes implicações para as tecnologias de computação implantáveis, que estão sendo estudadas, com a finalidade de utilizar clinicamente para melhorar a saúde dos pacientes, tais como cardio estimuladores e implantes cocleares. Se outros dispositivos fossem conectados ao sistema, o vírus teria sido transmitido.
As equipes trabalham agora em dois grandes problemas para que o produto possa se tornar viável do ponto de vista comercial. O primeiro é o tamanho, das etiquetas, pois elas precisam ter as medidas de um código de barras, ou seja, um terço do que é hoje. O segundo é o alcance da RFID que, no momento, ainda é muito pequeno.
Especialistas no nosso meio acreditam que quando o custo do RFID ficar abaixo de 1 centavo de real o projeto será não só viável como vencedor. O custo ainda é o maior problema. O comércio já usa para controle de segurança (antifurto), mas somente para itens caros, justamente para poder compensar os custos.
Hoje em dia no nosso meio, a vantagem do código de barras é justamente este, custa o valor da etiqueta ou o valor de alguns centímetros quadrados de tonner.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu, o Mono Lake, e a vida com Arsênico


O Mono Lake é pouco conhecido como local turístico apesar de localizado a beira de uma rodovia que corta o estado da Califórnia de norte à sul levando desde o árido deserto da Califórnia até as maravilhosas montanhas onde se pratica o Sky na glamourosa Lake Tahoe, divisa com o estado de Nevada onde por consequência metade da cidade tem o jogo liberado. Mono Lake está situado no nordeste do estado e é um lago do tipo desértico à beira da árida Great Basin (estado de Nevada a leste a Sierra Nevada, a oeste na Califórnia).
A maneira como conheci o Mono Lake também foi muito especial e a minha relação com este lugar é muito peculiar e com uma série de interrogações, por uma atração inexplicável de encanto, sedução e fascínio, inclusive atingindo toda a área do deserto de Nevada e da Califórnia. Este é sem dúvida outro lugar para se conhecer antes de morrer...
Nos idos de 1987, após atravessar o Death Valley, em direção norte pela via 395, deveria estar cruzando a Sierra Nevada, subindo o Tioga Pass para alcançar o Yosemite National Park. Entretanto apesar de ainda primavera, as primeiras nevascas já estavam ocorrendo e a subida do Tioga Pass era um problema, especialmente durante a noite e também porque estava sozinho.
Já anoitecendo cheguei a uma pequena e simpática cidade chamada Lee Vining, bem ao pé da Sierra Nevada e lá resolvi dormir.
No dia seguinte junto com o sol, me pus na estrada e foi aí que vi um maravilhoso e estanho lago na margem direita da estrada que seguia no sentido norte. Resolvi dar uma volta e me deparei com uma imagem esplendorosa, banhada pelo sol nascente, que jamais poderei me esquecer, muito menos descrever.



Em 1999 estive lá novamente e pude com mais calma e informações adequadas entender um pouco melhor a complexidade daquele lugar.
Nesta década por lá passei outras duas vezes.
Não sei bem porque, mas nestas quatro vezes que lá estive, senti uma sensação de estar em um lugar especial, estranho, complexo, sem qualquer outra explicação a não ser pela sua beleza exótica e a mutação de cores que se consegue observar de acordo com a hora do dia e consequente ângulo dos raios do sol.


Entretanto esta mesma sensação me acompanha em alguns outros lugares especialmente da região que vai do Great Basin Plateau, passando pelo Death Valley e o Deserto de Mojave.
Eu tenho alguma dificuldade de explicar aquilo que sempre senti, e se tivesse que expressar de uma forma simples as minhas sensações, diria que “é a sensação de estar em outro mundo”.
Pois é exatamente isto de certa forma que os cientistas estão tentando mostrar que encontraram no Mono Lake, um outro mundo.
Eu não vou entrar em detalhes sobre o assunto em si, pois a quantidade de informações que existem na internet é enorme e eu vou anotar apenas aquilo que eu vi aprendi e senti durante minhas quatro visitas ao Mono Lake.
Quero deixar registrado que há mais de 20 anos este estranho lugar sempre me disse alguma coisa que eu nunca soube e continuo não sabendo exatamente o que é.
Outros tantos lugares que me trazem sensação semelhante poderiam estar aqui enumerados, mas vou deixar pra outro momento.
Mono Lake é um lago salgado, que abrange mais de 70 quilômetros quadrados e suporta um ecossistema único, produtivo e extremamente complexo. O lago não tem peixes, em vez disso é a casa de trilhões de Artemia salina, um tipo de camarão, que crescem no lago, seu ph é alcalino e contém uma quantidade gigantesca de moscas e lavas, que servem de alimento para outros seres da cadeia alimentar. Córregos de água doce alimentam Mono Lake, com exuberantes matas ciliares em suas margens. Ao longo do lago, formações calcárias em forma de torres, muitas “brotando” da superfície da água são conhecidas como “Tufas”. A formação destas Tufas é extremamente complexa, não só na sua composição como também no mecanismo de seu desenvolvimento, que ainda gera muitas dúvidas e debates. Penso ser irresistível deixar de ter em casa um pequeno fragmento destas tufas apesar da proibição e atenção dos “Rangers” no policiamento da região, que é um Patrimônio Nacional.


O lago fica em uma área geologicamente ativa na extremidade norte da Mono Inyo Craters uma cadeia vulcânica localizada perto de Long Valley Caldera com atividade geológica persistente e uma das causas da falha na base da Sierra Nevada, e está associado com o extensão tectônica da Basin and Range Province.
Assim sendo Mono Lake ou Mono Lake Bacia , foi criada por forças geológicas nos últimos cinco milhões de anos, e é uma Bacia de drenagem, que não tem saída para o oceano, o que faz com que os sais dissolvidos na água de enxurrada, permaneçam no lago e elevam o pH da água e os níveis de concentração de sal.
O ecossistema se completa com Milhões de aves migradoras visitam o lago a cada ano e fazem o habitat de nidificação alimentado-se dos camarões.
De 1941 até 1990, o Los Angeles Departamento de Água e Energia começou a desviar quantidades excessivas de água dos córregos da bacia de Mono Lake para atender a demanda crescente de água de Los Angeles. Destituído de suas fontes de água doce, o lago, perdeu metade do seu volume, caiu 45 metros verticais e dobrou sua salinidade.
Incapaz de se adaptar a essas mudanças de condições dentro desse período de tempo, o ecossistema começou a desmoronar. Ilhas, anteriormente importantes para nidificação, tornaram-se penínsulas vulneráveis à predação de mamíferos e répteis. A taxa fotossintética das algas, a base da cadeia alimentar, foram reduzidas, enquanto a capacidade reprodutiva do camarão ficou prejudicada.
Consternado com essa perspectiva, David Gaines formou o The Mono Lake Committee em 1978 e começou a conversar com grupos de conservação ambiental, escolas, organizações de serviços, legisladores, juristas e para quem quisesse ouvir, sobre o valor deste lago deserto. Sob a liderança de Gaines, o Mono Lake Comittee cresceu para 20.000 membros e ganhou reconhecimento jurídico.
Uma década depois, David Gaines e uma equipe de voluntários da Comissão, foram mortos em um acidente automobilístico. Apesar da perda de seu fundador, cidadãos do grupo continuam a liderar a luta para proteger o Mono Lake.
Em 1994, após mais de uma década de litígio, o Controle dos Recursos Hídricos do Estado da Califórnia ordenou ao Department of Water & Power (DWP) que o nível do Mono Lake deveria subir para um nível saudável de 6.392 metros acima do nível do mar ou seja, seis metros acima do seu mínimo histórico. A recuperação está dentro do projetado e você pode conferir o nível atual do lago, clicando aqui.
A grande descoberta anunciada em 02/12/2010 foi um trabalho de uma equipe de investigação que inclui cientistas da Pesquisa Geológica dos EUA, Universidade Estadual do Arizona em Tempe, Arizona, Laboratório Nacional Lawrence Livermore, em Livermore, Califórnia, Duquesne University em Pittsburgh, Pensilvânia. Laboratório da radiação do Synchrotron de Stanford, em Menlo Park, Califórnia.
O Programa de Astrobiologia da Nasa, em Washington contribuiu com o financiamento da investigação através da sua Exobiologia e programa de Biologia Evolutiva.
A equipe optou por explorar o Mono Lake por causa da sua composição química incomum, especialmente a sua alta salinidade, alcalinidade alta e níveis elevados de arsênico.Essa química é em parte um resultado do isolamento do Mono Lake, das suas fontes de água doce por 50 anos.
Os investigadores descobriram o primeiro microorganismo conhecido na Terra capaz de prosperar e reproduzir-se utilizando o arsênico substituindo o fósforo em seus componentes celulares.
Carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre são os seis blocos básicos de construção de todas as formas de vida conhecidas na Terra. O fósforo é parte da espinha dorsal química do DNA e RNA, as estruturas que contêm as instruções genéticas para a vida, e é considerado um elemento essencial para todas as células vivas.
O fósforo é um elemento central da molécula de transporte de energia em todas as células (adenosina trifosfato) e também os fosfolipídios que formam todas as membranas celulares. O arsênico, que é quimicamente similar ao fósforo, é venenoso para a vida na Terra. O Arsênico interrompe vias metabólicas, porque ele se comporta quimicamente semelhante ao fosfato
Wolfe Felisa-Simon, geomicrobiologista da NASA Astrobiology Institute é a principal cientista da equipe de pesquisa.”Se alguma coisa aqui na Terra pode fazer algo tão inesperado, o que mais pode fazer a vida que nós não vimos ainda?”
"A idéia de biochemistries como alternativa para a vida é comum na ficção científica", disse, Carl Pilcher, diretor da NAI, agência Ames Research Center, em Moffett Field, California.
"Até agora, uma forma de vida usando o arsênico como um bloco de construção era apenas teórica, mas agora sabemos que esta vida existe no Mono Lake”.
O micróbio recém-descoberto, chamado GFAJ-1, é membro de um grupo comum de bactéria, a Gammaproteobacteria. No laboratório, os investigadores fizeram crescer com sucesso micróbios do Mono Lake com uma dieta que era muito pobre de fósforo, mas incluía generosas porções de arsênico. Quando os investigadores removeram o fósforo e substituiu-o com arsênico os micróbios continuaram a crescer. Análises posteriores indicaram que o arsênico era utilizado para produzir os blocos de construção de novas células GFAJ-1.
Esse achado muda os conhecimentos fundamentais sobre o que compreende toda a vida conhecida na Terra e irá transformar a investigação em curso em áreas, como a química orgânica, ciclos biogeoquímicos, a mitigação da doença e investigação do sistema Terra, e vão abrir novas fronteiras em microbiologia e muitas outras áreas de pesquisa.
Uma nova composição bioquímica alternativa irá alterar livros de biologia e expandir o escopo da pesquisa para a vida fora da Terra. A pesquisa foi publicada na edição desta semana da revista Science Express.
E eu estive lá...

Assista os vídeos do Mono Lake e veja informações mais detalhadas clicando aqui ou a página da NASA clicando aqui.






quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Imagem da semana

Lição de vida nº 67


7 novos blogueiros venderam seus blogs para o @interney. O melhor projeto faria parte do Blog Content – a startup criada por ele com o objetivo de desenvolver redes de blogs profissionais. Os candidatos foram: Cansei de Delivery, 2 ladies, L Diamante, Comédia da Vida Cotidiana, Cidadão do Planeta e Fósseis Imaginários.

Esta é a imagem dos 6 finalistas do prêmio Blog Talent Show que aconteceu no You Pix no último dia 27 de novembro no MIS (a legenda está errada pois fala em 7 finalistas quando na verdade as duas moçinhas estavam juntas no mesmo projeto).
Em condições normais eu não estaria nem mostrando esta foto e muito menos falando do assunto.
Entretanto numa madrugada, meses atrás nem sei bem como, me deparei com o anuncio de um concurso que dizia:

Você tem talento, tem um blog (ou projeto de um) e quer apresentar seu projeto pro Edney Souza da Blog Content? Então você tem que participar do 1º Blog Talent Show, um espaço pros melhores blogueiros apresentarem seus projetos pra uma audiência super qualificada, ouvirem os comentários do Edney e ainda terem a chance de serem selecionados pra integrar a recém-criada Blog Content, uma rede de blogs profissionais. Conheça mais sobre a Blog Content e tudo o que ela pode fazer por você aqui.


Como a inscrição era muito simples e rápida fiz na hora e pensei em um pequeno filme para a apresentação. Entretanto a correria do dia a dia me levou a um ppt que conta a historia deste blog e a sua importância no contexto da saúde como um todo e em particular com a melhora da qualidade das informações da saúde na internet.
Em seguida esqueci o assunto, entretanto cometi um grande erro que foi não ler as instruções e o regulamento do concurso (o que não é do meu feitio).
Bem, no final do dia 25 de novembro recebi um telefonema dizendo que meu blog havia sido escolhido como um dos finalistas e eu deveria mandar em 24 horas a apresentação que iria fazer no dia 27 com tempo não superior a 2 minutos.
Achei estranho apenas dois minutos para mostrar toda uma história que eu já tinha conseguido com sacrifício resumir em 8 minutos. Comecei a diminuir o tempo e cheguei a 2 min 50seg que foi o melhor que consegui, achando que a historia dos 2 minutos era “maneira de dizer”.
Mandei.
Somente após ter enviado é que fui ler o regulamento e entendi que os 2 minutos faziam parte da avaliação das habilidades do candidato em si. Entendi a historia do “elevator pitch”, mas enfim já estava feito e não era possível mudar. Desistir também não faz parte da minha maneira de ser.
O meu blog foi o único que não conseguiu fazer a apresentação dentro do tempo estipulado. O som foi cortado e por isso seu conteúdo não pode ser avaliado. Devo concordar que eu fui o único culpado pelo mau êxito, entretanto sinto a necessidade de alguns reparos que na hora não foi permitido e nem era o momento oportuno.
1-Tivesse lido o regulamento seguramente teria feito a apresentação no tempo adequado. Aprendi com um velho conhecido a comunicação rápida e instantânea e até mesmo a condensar pensamentos, frases e expressões. Ele pessoalmente, também por ter apenas dezessete segundos disponíveis para uma apresentação tornou-se nacionalmente conhecido criando o bordão com uma frase de 4 palavras com o qual o Brasil inteiro o conheceu: MEU NOME É ENÉAS.
2- A leitura atenta do regulamento talvez me desestimulasse em participar pois repito não tenho tempo e nem interesse em me tornar um “blogueiro profissional”.
3-Avaliando cada um dos outro 5 blogs escolhidos pude observar que todos os participantes trabalham na área de comunicação e alguns até em projetos de criação ou arte de agencias de renome.
4- O conteúdo destes blogs não é nem melhor nem pior do que o meu, é apenas diferente. Tenho dúvidas de quanto este conteúdo traz algum benefício aos seus leitores, o que não quer dizer que lazer e distração também não é importante.
5- Um deles em especial, usa um linguajar que além de chulo adota uma ortografia que não consigo compreender se é a velha, a nova ou uma terceira que eu não conheço. Mas vale dizer, este aspecto não está contemplado no regulamento!
6- Penso que eu deva ter sido o último colocado ou não tive colocação alguma. Isto já é uma grande vitória, pois sexto lugar de um universo de não sei quantos, já está bom demais para quem não é, e não quer ser blogueiro, especialmente avaliado por renomados especialistas no assunto.
7- Não acho que as críticas que precisei ouvir sem poder contestar ou retrucar tenham sido adequadas ou pertinentes. A meu favor tenho um bom número de Tweets que naquele mesmo momento demonstraram sua indignação.
8- Tenho absoluto respeito e consideração pelas pessoas que tenham habilidades e conheçam qualquer assunto melhor do que eu, porque a vida é assim “cada macaco no seu galho”, mas isso não quer dizer que tenha que concordar pela maneira de como esses ensinamentos são postos como sinônimo de sabedoria ou erudição.
9- Se permitirem ano que vem estarei lá de novo, só para cumprir o regulamento, sem o menor interesse em ser o vencedor, chegar ao final, mostrar para a garotada que a diferença entre eu e eles esta apenas no fato de eu ter vivido muito mais tempo do que eles e por consequência vou chegar no céu mais cedo, como médico, claro e não blogueiro.

10- Tenho muito orgulho de tudo que fiz e que alcancei na minha vida profissional.