O ser humano, desde que se tem notícia, sempre teve vontade ou necessidade de se comunicar com seus semelhantes. Mesmo posicionados com distancias enormes, estas nunca foram empecilhos para que o homem se comunicasse.
Nesta época a comunicação dava-se pela batida de tambores, por meio de fumaça e, mais tarde, escrevendo cartas. Naquela época, as cartas eram cunhadas em pedras e era preciso que escravos as carregassem, e para isso, era necessário ter muito dinheiro.
Escrever cartas era um privilégio a que apenas alguns tinham direito. Além disso, havia necessidade de escribas, que eram homens que sabiam esculpir letras em pedra.
Posteriormente, as cartas tomaram forma de placas de argila e, mais tarde ainda, de rolos de papiro, o que foi uma grande evolução, pois eram muito mais leves para carregar.
Nos tempos mais remotos, tratava-se do selo no sentido mais amplo da palavra, isto é, como sinetes ou chancelas. O rei ou um mandatário apunha o seu selo. e, só se a carta em argila ou papiro estivesse selada, poderia seguir seu destino e arregimentar corredores, estafetas, postos militares, enfim, todo o complexo mecanismo necessário para que chegasse ao destinatário.
Com o correr do tempo, a correspondência deixou de ser privilégio de poucos, e. os nobres foram os primeiros a poder utilizar os correios reais depois dos soberanos.
No século XVI, ocorreu a grande mudança, por conta do Imperador germânico Maximiliano I, que concedeu a um nobre italiano, Francisco Tasso, o direito de transportar cartas.
Esta iniciativa é entendida por muitos como o início dos serviços de correio, e o seu sucesso abrangeu quase toda a Europa Continental. Curiosamente a Inglaterra não foi incluída, pois esta, sendo uma ilha e muito orgulhosa dessa condição, não se considerava parte do continente.
Na segunda metade do século XIX houve a primeira grande revolução no serviço de envio de mensagens com o desenvolvimento e implantação do Serviço Pneumático de entrega.
Tratava se do envio de mensagens, em cartas especiais impressas pelos Correios, numa espécie de cartucho, impulsionado por pressão ou sucção de ar, através de tubos de aço em longos percursos, para uma central de distribuição, e, novamente, direcionado para o destino.
Na época, essa modalidade de envio de mensagens postais estava muito difundida e em franco crescimento na Europa. Consta que Viena foi a primeira com projeto que teve seu início e finalização em 1875. Logo depois foi a vez de Berlim, em 1876; Praga, em 1899; Marselha e Paris, em 1910; e Munique, em 1921.
Em Buenos Aires, foi instalada a maior rede pneumática da América do Sul, numa extensão de 92 quilômetros. O projeto teve início em 1887, mas só foi finalizado no final do século XIX, época em que circulavam aproximadamente 15 mil mensagens diárias, com velocidade de um quilômetro por minuto.
O serviço pneumático do Rio de Janeiro, único criado no Brasil, foi implantado, em 1910. Seu sistema era igual aos existentes em grandes estabelecimentos comerciais e bancos da época. Foi utilizado para transmitir mensagens urbanas urgentes, com custos menores que os dos serviços cobrados para os telegramas, até 1939.
A rede tubular pneumática do Rio de Janeiro começava no edifício dos Telégrafos, na Praça 15 de Novembro, passando pelo Correio Geral, na Rua 1º de março, e depois para a Sucursal da Av. Rio Branco. Da Sucursal saíam duas linhas, uma com estações na Lapa e no Palácio do Catete, até a Praça Duque de Caxias (Largo do Machado); outra com estações na Estrada de Ferro Central do Brasil (Estação Dom Pedro II) e Estácio de Sá, até São Cristovão, na Praça das Bandeiras, com um ramal para o Botafogo, sendo que a primeira carta-bilhete pneumática emitida no Brasil foi taxada em 300 réis. Em 1938 circularam as ultimas cartas pneumáticas, já com preço de $1000 réis e foram substituídas pelo Departamento dos Correios pelas "Carta-Telegrama".
Diga-se de passagem que este mesmo Serviço Pneumático de entrega de mensagens foi quem inspirou os sistemas pneumáticos que existem hoje dentro de muitos hospitais do mundo inteiro, para transporte rápido de pequenos volumes, frascos contendo material biológico e até mesmo alguns medicamentos.
A comunicação entre os homens foi evoluindo com grande rapidez, passando pelo telefone com fio, sem fio, celular, ferramentas desenvolvidas a partir da década de 80 para acompanhar a evolução dos computadores, satélites, e agora estamos nos comunicando rapidamente com as mídias sociais, especialmente com a agilidade, simplicidade e rapidez do Twitter.
Pessoalmente tive o privilégio de conhecer uma pessoa que usou o serviço pneumático do Rio de Janeiro em 1932 e hoje está começando, com ajuda de familiares a ensaiar os primeiros passos no Twitter, com toda a perplexidade que se possa imaginar.
A velocidade, a evolução e a maneira com que o homem se comunica ficam absolutamente claras quando nos damos conta da rapidez com que as coisas aconteceram na última metade do século XX, e estão acontecendo até os dias do hoje.
A evolução daqui para frente pode ser um delírio ou praticamente imprevisível.
A inspiração para escrever este post partiu de um artigo compilado por Reinaldo Jacob, contido na revista COFI nº Jan/Fev/Mar/ 2009.
Nesta época a comunicação dava-se pela batida de tambores, por meio de fumaça e, mais tarde, escrevendo cartas. Naquela época, as cartas eram cunhadas em pedras e era preciso que escravos as carregassem, e para isso, era necessário ter muito dinheiro.
Escrever cartas era um privilégio a que apenas alguns tinham direito. Além disso, havia necessidade de escribas, que eram homens que sabiam esculpir letras em pedra.
Posteriormente, as cartas tomaram forma de placas de argila e, mais tarde ainda, de rolos de papiro, o que foi uma grande evolução, pois eram muito mais leves para carregar.
Nos tempos mais remotos, tratava-se do selo no sentido mais amplo da palavra, isto é, como sinetes ou chancelas. O rei ou um mandatário apunha o seu selo. e, só se a carta em argila ou papiro estivesse selada, poderia seguir seu destino e arregimentar corredores, estafetas, postos militares, enfim, todo o complexo mecanismo necessário para que chegasse ao destinatário.
Com o correr do tempo, a correspondência deixou de ser privilégio de poucos, e. os nobres foram os primeiros a poder utilizar os correios reais depois dos soberanos.
No século XVI, ocorreu a grande mudança, por conta do Imperador germânico Maximiliano I, que concedeu a um nobre italiano, Francisco Tasso, o direito de transportar cartas.
Esta iniciativa é entendida por muitos como o início dos serviços de correio, e o seu sucesso abrangeu quase toda a Europa Continental. Curiosamente a Inglaterra não foi incluída, pois esta, sendo uma ilha e muito orgulhosa dessa condição, não se considerava parte do continente.
Na segunda metade do século XIX houve a primeira grande revolução no serviço de envio de mensagens com o desenvolvimento e implantação do Serviço Pneumático de entrega.
Tratava se do envio de mensagens, em cartas especiais impressas pelos Correios, numa espécie de cartucho, impulsionado por pressão ou sucção de ar, através de tubos de aço em longos percursos, para uma central de distribuição, e, novamente, direcionado para o destino.
Na época, essa modalidade de envio de mensagens postais estava muito difundida e em franco crescimento na Europa. Consta que Viena foi a primeira com projeto que teve seu início e finalização em 1875. Logo depois foi a vez de Berlim, em 1876; Praga, em 1899; Marselha e Paris, em 1910; e Munique, em 1921.
Em Buenos Aires, foi instalada a maior rede pneumática da América do Sul, numa extensão de 92 quilômetros. O projeto teve início em 1887, mas só foi finalizado no final do século XIX, época em que circulavam aproximadamente 15 mil mensagens diárias, com velocidade de um quilômetro por minuto.
O serviço pneumático do Rio de Janeiro, único criado no Brasil, foi implantado, em 1910. Seu sistema era igual aos existentes em grandes estabelecimentos comerciais e bancos da época. Foi utilizado para transmitir mensagens urbanas urgentes, com custos menores que os dos serviços cobrados para os telegramas, até 1939.
A rede tubular pneumática do Rio de Janeiro começava no edifício dos Telégrafos, na Praça 15 de Novembro, passando pelo Correio Geral, na Rua 1º de março, e depois para a Sucursal da Av. Rio Branco. Da Sucursal saíam duas linhas, uma com estações na Lapa e no Palácio do Catete, até a Praça Duque de Caxias (Largo do Machado); outra com estações na Estrada de Ferro Central do Brasil (Estação Dom Pedro II) e Estácio de Sá, até São Cristovão, na Praça das Bandeiras, com um ramal para o Botafogo, sendo que a primeira carta-bilhete pneumática emitida no Brasil foi taxada em 300 réis. Em 1938 circularam as ultimas cartas pneumáticas, já com preço de $1000 réis e foram substituídas pelo Departamento dos Correios pelas "Carta-Telegrama".
Diga-se de passagem que este mesmo Serviço Pneumático de entrega de mensagens foi quem inspirou os sistemas pneumáticos que existem hoje dentro de muitos hospitais do mundo inteiro, para transporte rápido de pequenos volumes, frascos contendo material biológico e até mesmo alguns medicamentos.
A comunicação entre os homens foi evoluindo com grande rapidez, passando pelo telefone com fio, sem fio, celular, ferramentas desenvolvidas a partir da década de 80 para acompanhar a evolução dos computadores, satélites, e agora estamos nos comunicando rapidamente com as mídias sociais, especialmente com a agilidade, simplicidade e rapidez do Twitter.
Pessoalmente tive o privilégio de conhecer uma pessoa que usou o serviço pneumático do Rio de Janeiro em 1932 e hoje está começando, com ajuda de familiares a ensaiar os primeiros passos no Twitter, com toda a perplexidade que se possa imaginar.
A velocidade, a evolução e a maneira com que o homem se comunica ficam absolutamente claras quando nos damos conta da rapidez com que as coisas aconteceram na última metade do século XX, e estão acontecendo até os dias do hoje.
A evolução daqui para frente pode ser um delírio ou praticamente imprevisível.
A inspiração para escrever este post partiu de um artigo compilado por Reinaldo Jacob, contido na revista COFI nº Jan/Fev/Mar/ 2009.
Um comentário:
Muito interessante seu blog! Gostei muito. Como você pediu palpites, eu tenho uma sugestão: mudar a cor da fonte. Única. Espero por palpites no meu. Abração.
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