Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Comprimido avisa quando é engolido

Pesquisadores da Universidade da Flórida, liderados pelo professor de engenharia elétrica e informática, Rizwan Bashirullah, Christopher Batich, Neil Euliano e Hong Yu, desenvolveram uma pílula equipada com um pequeno chip que envia um alerta quando é ingerido.
O objetivo do estudo era criar um sistema para impedir que os pacientes burlem o tratamento médico, o que seria a solução para pacientes que se negam (ou se esquecem ) de tomar os remédios prescritos.
Dentro de uma cápsula comum, está o microchip, e ao seu redor, cobrindo a capsula, estão linhas de prata que constituem as antenas, uma espécie de etiqueta impressa usando tinta feita de nanopartículas de prata atóxicas e condutoras.
Ela dispensa o uso de bateria pois uma “mini-explosão” é responsável por enviar os sinais de baixa voltagem combinadas com RFID a um pequeno dispositivo eletrônico carregado pelo paciente. É possível que no futuro, este dispositivo possa ser incorporado a telefones celulares ou relógios, para facilitar ainda mais o controle. O dispositivo então envia sinais a um telefone ou computador avisando que a pílula foi ingerida, e conseqüentemente informando o médico de que o medicamento foi tomado.
Eventualmente, em casos especiais, a acidez do estomago do paciente rompe a antena e a cápsula que se abre, liberando o microchip, que passa por todo o trato intestinal, até ser expelido.
A pílula ainda está em fase de um protótipo, mas a idéia é que ela possa ser usada em larga escala.
Segundo a American Heart Association, a baixa aderência aos tratamentos, especialmente àqueles de longo prazo, são o problema número um no tratamento de várias doenças. Nos Estados Unidos, 10% das internações são causadas por doentes que não seguem as orientações sobre as suas
prescrições, e esta seria uma forma efetiva de monitorar se o paciente está tomando a medicação de forma adequada.
Esse é também um problema em laboratórios farmacêuticos, nos quais cientistas avaliam os resultados de novos produtos em estudos de voluntários, sem ter certeza de que realmente eles foram ingeridos, e os pesquisadores muitas vezes requerem a confirmação visual dos participantes tomando as pílulas, o que acaba saindo muito caro, já que centenas ou milhares de pessoas participam dos ensaios. A chamada "observância da medicação" é um grande problema para os ensaios clínicos, porque não tomar os medicamentos distorce os resultados de estudos experimentais ou os torna sem sentido.
A equipe testou com sucesso o sistema de pílula artificial em modelos humanos, bem como em cadáveres. Os pesquisadores têm simulado ácidos do estômago para quebrar a antena para saber os traços que ela deixa para trás.
Os testes tinham determinado que a quantidade de prata retida no corpo é minúscula, menor do que as pessoas recebem quando tomam um copo com água de uma torneira comum.

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