Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ir ao hospital é mais arriscado do que viajar de avião

A noticia não é nova e a comparação menos ainda. Entretanto a Organização Mundial da Saúde nunca foi tão enfática e explicita como em 22 de julho passado.
Milhões de pessoas morrem todos os anos em função de erros médicos e infecções adquiridas em hospitais. Nesta situação o risco de morrer é de um para 300 pacientes, enquanto em um acidente aéreo, seria de um em 10 milhões de passageiros.
Já o erro médico propriamente dito tem chance de ocorrer em uma de cada dez pessoas, o que demonstra que a saúde em geral, ainda tem um longo caminho a percorrer, segundo Liam Donaldson, da OMS.
Com relação às infecções adquiridas dentro de um hospital, por exemplo, mais de 50%, poderiam ser prevenidas se os profissionais de saúde lavassem as mãos com água e sabão ou com uma loção à base de álcool antes de tratar dos pacientes.
De cada 100 pacientes hospitalizados em um determinado momento, sete em países desenvolvidos, e dez em países em desenvolvimento irão adquirir pelo menos uma infecção associada ao tratamento médico. Quanto maior o tempo de permanência de um paciente na UTI, maiores são os riscos de ele adquirir uma infecção, alerta a OMS. O uso de dispositivos como cateteres, sondas urinárias e ventiladores, estão associados com altos índices de infecção, motivo pelo qual se recomenda seu uso pelo tempo estritamente necessário.
Nos Estados Unidos, a cada ano, 1,7 milhão de infecções são adquiridas em hospitais, causando 100.000 mortes. O índice é muito maior do que na Europa, onde 4,5 milhões de infecções causam 37.000 mortes, de acordo com a OMS.
“A saúde é, inevitavelmente, um negócio de alto risco, porque as pessoas estão doentes, e os cuidados modernos são feitos de maneira rápida, em um ambiente de grande pressão, envolvendo tecnologia muito complexa com uma quantidade muito grande de pessoas. O professor Liam Donaldson costuma dizer que uma operação cardíaca, por exemplo, pode envolver uma equipe de até 60 pessoas, que é quase o mesmo número de pessoas necessárias para projetar um avião.
De acordo com Benedetta Allegranzi, da OMS, os riscos são ainda mais altos em países em desenvolvimento, com cerca de 15% dos pacientes adquirindo infecções, e tanto maior quanto mais próximo das áreas de risco dos hospitais, tais como UTIs e unidades neonatais.
Cerca de 100.000 hospitais pelo mundo adotaram o “check list” de controle de segurança emitida pela OMS, que, tem reduzido complicações cirúrgicas em 33% e mortes em 50%. Se fosse usada em todo o mundo, essa lista de controle poderia prevenir cerca de 500.000 mortes todos os anos. Este check list não é diferente na sua estrutura do mesmo check list usado pelas linhas aéreas de uma forma geral. Seria então simples deduzir, que nós pacientes gostaríamos de estar em um hospital que adotasse este procedimento no seu controle de qualidade de base.
Como de uma forma geral as empresas aéreas adotam princípios básicos de controle de qualidade, e os hospitais não, está então explicado o titulo deste post.

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