Por outro lado, a imagem do plano de fundo foi feita pela Curiosity Mars Science Laboratory em 08 de setembro de 2012 no 33º dia após o pouso na superfície de Marte observando-se o solo marciano como jamais foi visto. E também não é bobagem...
Image credit: NASA/JPL-Caltech/MSSS.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Insulina pode ajudar pacientes com Alzheimer

Um estudo realizado no Veteran Administration Puget Sound Health Care System, na Seattle Institute for Biomedical and Clinical Research  e na Washington University mostrou que o uso diário de um spray nasal de insulina ajudou a melhorar o raciocínio e memória de portadores do mal de Alzheimer.
O mal de Alzheimer é uma deterioração fatal e até agora incurável do cérebro que afeta aproximadamente 26 milhões de pessoas no mundo todo. É a forma mais comum de demência.
Vários estudos sugerem que pessoas com Alzheimer têm níveis reduzidos de insulina no cérebro, mesmo em estágios mais adiantados da doença. A insulina é importante para a comunicação entre as células cerebrais e é necessária para o funcionamento do cérebro.
Partindo deste princípio e sugerido por estudos anteriores que a ingestão nasal de insulina leva a substância apenas para o cérebro, os autores liderados por Suzanne Craft queriam ver o que aconteceria se eles levassem a insulina diretamente ao cérebro.
Foram estudaram 109 pacientes, não diabéticos, com sintomas leves a moderados da doença, ou com um distúrbio precursor do Alzheimer, a chamada Deficiência Cognitiva Amnésica Branda (aMCI, na sigla em inglês).
Duas interessantes apresentação da Dra. Suzanne Craft você pode ver clicando aqui. e aqui.
Um terço dos pacientes recebeu um placebo e os outros dois terços, doses diferentes de insulina, (um terço 20 UI e outro terço 40 UI), que introduzidas em um nebulizador foram esguichadas no nariz dos pacientes, duas vezes por dia, durante quatro meses.
Os participantes eram chamados a recontar uma história imediatamente depois de ouvi-la, e após um pequeno intervalo. O grupo que recebeu a dose de 20 unidades se mostrou mais capaz que o grupo do placebo para recontar a história, e o grupo que tomou a dose de 40 unidades não teve diferença em relação ao grupo do placebo.
Ambos os grupos que usaram insulina, no entanto, demonstraram melhoria na capacidade de raciocínio, quando aplicado o Teste ADAS-cog.
Publicado no Archives of Neurology, em 12 de setembro de 2011, o estudo conclui que o uso diário de um spray nasal de insulina ajudou a melhorar o raciocínio e memória de pacientes com sintomas iniciais do mal da de Alzheimer.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Imagem da semana

Terra e Lua juntas


Esta foto divulgada pela NASA no ultimo mês de agosto, foi obtida pela nave Voyager 1 em 18 de setembro de 1977, quando estava a 11,66 milhões de kilometros da Terra.
A imagem recebida pelo Jet Propulsion Laboratory, na realidade era composta por uma serie de imagens obtidas com diferentes filtros, uma vez que a Terra é muitas vezes mais brilhante do que a lua, foi necessário um tratamento de foto acabamento para que os dois corpos pudessem ficar igualmente visíveis.

Crédito de imagem: NASA

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Adoçante: mocinho ou bandido? – Parte II



Continuação...
Ultimamente vêm surgindo informações de que o aspartame estaria associado a várias doenças neurológicas como Esclerose Múltipla e o mal de Alzheimer.
O que ocorre é estas notícias vêm sendo veiculadas por e-mails mal explicados e sem qualquer referência ou comprovação cientifica.
Artigos da literatura científica mostram que somente um consumo muito além do normal poderia provocar efeitos no Sistema Nervoso em indivíduos não portadores de fenilcetonúria.
Deve-se lembrar também que produtos vendidos como aspartame no mercado, muitas vezes possuem apenas cerca de 4% de aspartame, sendo o restante lactose ou maltodextrina, que são açúcares naturais.
É oportuno esclarecer que as doses diárias aceitáveis são de 50mg/kg., o que não deve ser motivo de preocupação, já que geralmente os grandes consumidores ingerem no máximo 6% da quantia máxima tolerada pelo organismo.
Um dos adoçantes mais vendidos, até pelo seu baixo preço, contem uma combinação de sacarina sódica e ciclamato de sódio (.Dietil, Sucaryl, Adocyl, Assugrin e Doce Menor ). Por conter sódio, eles teoricamente não são apropriados para hipertensos, ou portadores de Insuficiência cardíaca congestiva. Além disso, eles contêm um sabor residual mais amargo e quando utilizado em grande quantidade, não são bem aceitos.
A sacarina é um adoçante bem antigo e muito estudado. Algumas pesquisas mostraram alguma ligação com câncer, principalmente de bexiga em estudos com ratos e por esse motivo, ela foi banida em alguns países da Europa e também no Canadá, apesar de não terem sido observados no ser humano. No Brasil e nos Estados Unidos ela é liberada e está presente em uma enormidade de produtos dietéticos inclusive em refrigerantes misturados com aspartame.
Por fim outro adoçante bem popular, tem como composto base a sucralose (Linea, Splenda). A sucralose também é artificial, não provoca cáries, não possui nenhuma caloria, sendo 600 vezes mais doce que a sacarose, e tem o sabor muito parecido com o do açúcar, doce, leve, e não deixa gosto residual desagradável.
 A sucralose é o resultado da adição do cloro à molécula de açúcar. Com essa modificação da estrutura do açúcar, o organismo não consegue quebrá-la, ou seja, não consegue retirar energia da molécula e por isso a pessoa não engorda.
A sucralose não é reconhecida pelo organismo como açúcar ou carboidrato, portanto, não tem efeito na utilização da glicose, no metabolismo do carboidrato, na secreção da insulina ou na absorção da glicose e da frutose.
É pouco absorvida pelo trato digestivo, sendo eliminada nas fezes. Por ser o adoçante mais recente, os riscos à saúde ainda são pouco conhecidos.
Estudos em pessoas com níveis normais de glicose no sangue e em pessoas com diabetes do tipo 1 e tipo 2 confirmaram que a sucralose não afeta o controle da glicose a curto ou longo prazo.
Por ter a capacidade de resistir a altas temperaturas no forno e no fogão, tem sido muito utilizado no preparo de alimentos especialmente doces, sem modificar o paladar.
Finalmente não devemos nos esquecer que qualquer um dos produtos mencionados são drogas, e com tal, além de suas vantagens, sempre têm reações adversas que variam de um para outro organismo, bem como dose dependente individualizada.
Porém, se o usuário do Splenda não tiver um intestino bom, e quem quiser saber mais sobre o assunto pode ler sobre a disbiose, a sucralose pode ser absorvida em até 40%, caindo na corrente sanguínea e causando inflamação, o que dificulta a perda de peso e o controle do diabetes.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Imagem da semana






A faixa de pedestres localizada em frente ao estúdio londrino Abbey Road, que compõe a capa do álbum homônimo dos Beatles em 1969, foi eternizada em 22 de dezembro de 2010 como patrimônio histórico inglês. A sinalização ganhou o status "grade II", dada apenas a prédios e obras arquitetônicas.
A faixa original em que Paul, John, Ringo e George atravessaram foi movida por alguns metros há 30 anos devido às necessidades do trânsito local.
A seqüência fotográfica não demorou mais do que 10 minutos para ser feita, uma vez não existiu qualquer tipo de preparo ou ensaio, tendo sido feita com absoluta naturalidade, documentando os quatro jovens atravessando a rua, na manhã ensolarada de 8 de agosto de 1969 por Iain Stewart Macmillan. Segundo consta, John Lennon sempre muito apressado, teria dito: “vamos tirar logo esta foto e sair daqui, deveríamos estar gravando o disco e não posando para fotos ridículas”.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Adoçante: mocinho ou bandido? – Parte I


Este post não pretende ser demasiado abrangente, mesmo porque é possível que o assunto seja inesgotável, não só por estar sendo discutido desde a década de 60 quando apareceram os primeiros trabalhos científicos sobre o assunto, até os dias atuais com a descoberta ou a síntese de novas substancias e a guerra comercial, com o poder do grande negócio do açúcar no mundo, acrescido do gigantesco problema da obesidade em todo o planeta.
A idéia é apenas apontar os itens essenciais e que sirvam de norte para uma busca mais pormenorizada por aqueles que tiverem interesse ou necessidade de conhecer detalhes ou simplesmente se aprofundar no assunto.
De uma forma geral praticamente todas as pessoas inclusive aquelas que usam adoçantes, não têm uma noção clara do que eles representam, não sabem se o consumo do produto pode acarretar algum malefício à saúde ou qual a real diferença entre eles.
 Existem várias marcas de adoçantes (também conhecidos como edulcorantes) disponíveis no mercado e na verdade a marca comercial que você utiliza pode não ser composta apenas por edulcorantes. Independente da marca, você deve procurar saber no rótulo qual o edulcorante que está presente, sendo que alguns produtos vão ter apenas um edulcorante e outros vão ter uma mistura deles.
Um deles por exemplo, cujo edulcorante é o aspartame (Gold, Aspasweet, Cristaldiet Nutrasweet, Equal, Zerocal, Finn e Spoonful) é um adoçante artificial mais doce que o açúcar e por isso acaba sendo usado em quantidade pequena para adoçar. Isso é muito importante porque quanto menos se usa o adoçante os efeitos adversos também são menores. O aspartame está presente na maioria dos refrigerantes, em muitos chicletes e em vários produtos chamados “diet”.
Cerca de 10% do aspartame ingerido é convertido em metanol. Esta substância também está presente em frutas e verduras, porém, em menor quantidade. Além disso, esses alimentos naturais como as frutas, têm compostos que impedem que o metanol seja convertido numa toxina chamada formaldeído. Então, enquanto os alimentos na forma natural vão conter substâncias protetoras, elas não estão presentes nos adoçantes e nos alimentos dietéticos. Por isso, enquanto alguns cientistas acham que em pequenas quantidades os adoçantes utilizados seriam inofensivos, outros pesquisadores são categoricamente contra os mesmos, já que efeitos colaterais como tremores e até depressão já foram relatados  na literatura.
Outro aspecto bastante divulgado e controverso, é que apesar do aspartame conter zero quilocaloria, ou seja, não engordar em si, acaba estimulando algumas áreas do cérebro que deflagram a fome e às vezes, a compulsão alimentar. Então, segundo alguns, eles não trazem a longo prazo nenhum benefício para as pessoas que querem perder ou controlar o peso. Isto não acontece só com o aspartame, mas com outros adoçantes também.
Continua...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Imagem da semana

Crianças aguardando atendimento em hospital de Mogadíscio capital da Somália

Ismail Taxta - Reuters

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O fotógrafo que documentou a própria morte


Bill Biggart registra a queda da torre norte do World Trade center, sua última foto antes de morrer

Neste próximo domingo estaremos relembrando a tragédia de 11 de setembro, que marcou e mudou a vida de todos nós.
Neste episódio exatamente às 10h28m24s do dia 11 de setembro de 2001, o repórter fotográfico Bill Biggart, de 54 anos, tirou a última foto da sua vida.
Segundo sua mulher, Wendy Doremus, "Ele morreu na batalha e fazendo o que amava, ele era um fotógrafo que amava cobrir grandes acontecimentos ao vivo e este foi o maior acontecimento que ele pode presenciar".
Morador de Nova York, ele correu para o World Trade Center assim que soube, por um taxista, que a torre norte do complexo fora atingida por um avião. Entre 9h09 e 10h28 daquela terça-feira, ele registrou mais de 300 fotos do maior ataque terrorista da história.
Provavelmente sem saber o real impacto do momento, Biggart diferentemente de todos os outros fotógrafos presentes, sentiu a necessidade de se aproximar um pouco mais. Morreu ao ser atingido pelos destroços do desmoronamento da torre norte de 110 andares, que queimara por 102 minutos após ser atingido pelo vôo 77 seqüestrado da American Airlines, às 10h28, e se tornou o único fotógrafo profissional a perder a vida naquele dia. Nenhum fotógrafo entretanto, conseguiu imagens como as dele.
Pouco depois da torre sul desabar, a primeira das duas, às 9h59, Wendy Doremus conseguiu falar com Biggart. Ele garantiu, contudo, que estava seguro, com os bombeiros, e marcou de encontrá-la em 20 minutos em seu estúdio, a poucos minutos do WTC.
“Ele deveria voltar para trocar o equipamento, pegar mais filmes, e trocar de roupas. Eu liguei várias vezes, mas ele não respondeu; ai então entendi que algo estava errado”.
Wendy conta que inicialmente teve esperança de que Biggart estivesse entre os feridos levados de ferry para New Jersey.
No dia seguinte, começou a procurar por ele, sem admitir que ele pudesse estar morto, pois ele já havia estado em várias guerras em vários lugares do mundo, da Irlanda do Norte ao Golfo Pérsico voltando às vezes com um olho roxo ou uma perna inchada, mas voltava, e até então nada era pior do que a guerra.

                                                                     Hugh Talman/France Presse

Quatro dias depois, Wendy recebeu a notícia de que as equipes de resgate haviam encontrado o corpo de Biggart sob os escombros da torre norte do WTC, junto a crachás de imprensa queimados, três câmeras destruídas, lentes, seis rolos de filme e um cartão de memória intacto com 150 imagens.
Três semanas depois do funeral, Wendy recebeu o material fotográfico, tendo sido tão doloroso como foi receber seu corpo, pois “eu iria ver e saber exatamente o que ele fez em sua última hora e meia de vida”.
O trabalho de Biggart está disponível em uma publicação online chamada Digital Journalist dedicada a mostrar o trabalho dos muitos fotógrafos que, como ele, arriscam suas vidas para contar uma história, aonde você poderá ver as últimas fotos feitas por Bill Biggart.
Bill esteve no Brasil em 1978, documentando o Carnaval do Rio de Janeiro, em preto e branco, e por paixão voltou em sua lua de mel com Wendy em 1980, passando por Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, onde deixou bons amigos...
Folha de São Paulo, 08 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Imagem da semana


Steve Jobs, fiel ao figurino


                                                                      2011

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ir ao hospital é mais arriscado do que viajar de avião

A noticia não é nova e a comparação menos ainda. Entretanto a Organização Mundial da Saúde nunca foi tão enfática e explicita como em 22 de julho passado.
Milhões de pessoas morrem todos os anos em função de erros médicos e infecções adquiridas em hospitais. Nesta situação o risco de morrer é de um para 300 pacientes, enquanto em um acidente aéreo, seria de um em 10 milhões de passageiros.
Já o erro médico propriamente dito tem chance de ocorrer em uma de cada dez pessoas, o que demonstra que a saúde em geral, ainda tem um longo caminho a percorrer, segundo Liam Donaldson, da OMS.
Com relação às infecções adquiridas dentro de um hospital, por exemplo, mais de 50%, poderiam ser prevenidas se os profissionais de saúde lavassem as mãos com água e sabão ou com uma loção à base de álcool antes de tratar dos pacientes.
De cada 100 pacientes hospitalizados em um determinado momento, sete em países desenvolvidos, e dez em países em desenvolvimento irão adquirir pelo menos uma infecção associada ao tratamento médico. Quanto maior o tempo de permanência de um paciente na UTI, maiores são os riscos de ele adquirir uma infecção, alerta a OMS. O uso de dispositivos como cateteres, sondas urinárias e ventiladores, estão associados com altos índices de infecção, motivo pelo qual se recomenda seu uso pelo tempo estritamente necessário.
Nos Estados Unidos, a cada ano, 1,7 milhão de infecções são adquiridas em hospitais, causando 100.000 mortes. O índice é muito maior do que na Europa, onde 4,5 milhões de infecções causam 37.000 mortes, de acordo com a OMS.
“A saúde é, inevitavelmente, um negócio de alto risco, porque as pessoas estão doentes, e os cuidados modernos são feitos de maneira rápida, em um ambiente de grande pressão, envolvendo tecnologia muito complexa com uma quantidade muito grande de pessoas. O professor Liam Donaldson costuma dizer que uma operação cardíaca, por exemplo, pode envolver uma equipe de até 60 pessoas, que é quase o mesmo número de pessoas necessárias para projetar um avião.
De acordo com Benedetta Allegranzi, da OMS, os riscos são ainda mais altos em países em desenvolvimento, com cerca de 15% dos pacientes adquirindo infecções, e tanto maior quanto mais próximo das áreas de risco dos hospitais, tais como UTIs e unidades neonatais.
Cerca de 100.000 hospitais pelo mundo adotaram o “check list” de controle de segurança emitida pela OMS, que, tem reduzido complicações cirúrgicas em 33% e mortes em 50%. Se fosse usada em todo o mundo, essa lista de controle poderia prevenir cerca de 500.000 mortes todos os anos. Este check list não é diferente na sua estrutura do mesmo check list usado pelas linhas aéreas de uma forma geral. Seria então simples deduzir, que nós pacientes gostaríamos de estar em um hospital que adotasse este procedimento no seu controle de qualidade de base.
Como de uma forma geral as empresas aéreas adotam princípios básicos de controle de qualidade, e os hospitais não, está então explicado o titulo deste post.